Com 90 milímetros, Rio Branco teve setembro mais chuvoso desde 2019
03/10/2025
(Foto: Reprodução) Rio Branco teve setembro mais chuvoso desde 2019
Com 90,8 milímetros de chuva acumulados no mês de setembro, Rio Branco alcançou 97,8% do volume esperado para o mês, segundo a Defesa Civil da capital acreana. O resultado é o quarto maior para o mês nos últimos 10 anos e o melhor desta década para a capital acreana. (Veja a série histórica mais abaixo)
Mesmo com o índice elevado, o número ficou levemente abaixo do que era estimado pelo órgão, de 92,7 mm, mas representou uma melhora no cenário de estiagem intensa no ano, intensificada pela falta de chuvas nos últimos meses.
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A situação também positiva em comparação com o mesmo período do ano passado. É que em setembro de 2024, a capital acreana estava encoberta por uma nuvem de poluição e a qualidade do ar chegou a alcançar o nível 'perigoso'.
Naquela ocasião, choveu apenas 32,1 mm, o que dificultou a dissipação da fumaça.
As chuvas de setembro deste ano também refletiram no aumento no nível do Rio Acre, que iniciou o mês com 1,48 metro e encerrou com 1,70 metro.
Apesar de ter encerrado o mês com baixas medições, foi em setembro que o manancial voltou a ficar acima dos 2 metros após mais de 80 dias.
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Na 1ª foto, a poluição tomou conta do ar em Rio Branco em 2024; na 2ª foto, o cenário é diferente em 2025
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O aumento significativo das chuvas na capital pode ser explicado pelo fenômeno La Niña, que consiste no resfriamento da superfície do Oceano Pacífico Equatorial. Entre os seus impactos está o comportamento de chuvas.
"O fenômeno La Niña faz chover mais que o normal na Amazônia e com isso, pode ser ocasionado uma série de transtornos, como o excesso de chuva que já gerou várias inundações", alertou o professor e pesquisador de geografia Anderson Mesquita, da Universidade Federal do Acre (Ufac).
Especialista explica fenômeno La Niña que aumenta volume de chuvas em setembro no AC
Entre os anos com mais chuvas no mês de setembro estão 2016, 2017 e 2019, ainda de acordo com a Defesa Civil.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), há cerca de 60% de probabilidade de surgirem condições de La Niña até o final deste ano. A agência da ONU alertou, porém, que o aquecimento do planeta em longo prazo permanece.
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